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ESTRATÉGIA EM ESTUDO: HABILIDADE DE MAGIA


Seja bem-vindo a coluna Estratégia em Estudo! Sou eu novamente, Sergio Menna, e continuamos com a série nova em que discutimos estratégias com cada poder de BS, e possíveis combinações.


E para começarmos 2016, vamos falar de Magia, um dos poucos poderes de BS que eu acredito que podem jogar sozinhos, sem outros poderes de apoio. Vamos avaliar as características do poder, de seus cards de habilidade e dos decks que normalmente usam esse poder, além de criar um do zero.


1.Sobre cards de Magia:


Relativamente nova Magia é o poder que foi lançado em Poderes Ocultos, tendo então apenas cinco coleções até então para mostrar a que veio. Até o presente momento, as estatísticas de Magia são:

  • Habilidades: cinco antecipações, uma antecipação/imprevista e duas imprevistas, além de ser o único poder até então a possuir cards de Itens Mágicos (o Cubo Cósmico não pertence a nenhum poder). No total, são 18 cards de habilidade;

  • Apenas 25 personagens possuem este poder, o que compreende cerca de 7% dos personagens apenas;

  • Em Invasão Cósmica, foram lançados os cards Encanto de Poder e Energias Místicas numa tentativa de criar uma sinergia entre Magia e Super Força, mas apenas 34 decks (segundo Database) fazem uso dessa combinação;

  • As três habilidades mais utilizadas deste poder são:

  • 1º Lugar: Manto de Levitação, presente em 1539 decks;

  • 2º Lugar: Olho de Agamotto, listado em 816 decks;

  • 3º Lugar: Livro de Vishanti, com 497 aparições.

O resultado, por mais estranho que pareça para alguém não familiar ao jogo, era esperado. Os Itens Mágicos do jogo tem como característica definidora o texto “Durante sua preparação, uma vez por turno, você pode carregar este card de seus recursos em um personagem que você controla. Se o fizer, descarregue um card daquele personagem”. E como já vimos antes, existe alguns cards que são interessantes de serem descarregados: Adaga Psíquica, Concentrar Poder, Investigação Silenciosa e mais um monte. No caso específico de Adaga Psíquica, os Itens Mágicos servem para permitir mais dano na preparação, e sem usar uma única ação que seja. Existem inúmeros decks que se valem de Itens Mágicos para descarregar cards de habilidades para que outros personagens possam entrar em cena carregando esses cards.

Além disso, os três itens de Magia – Livro de Vishanti, Olho de Agamotto e Manto de Levitação – concedem poderes para os personagens que os carregam. Olho de Agamotto permite que qualquer personagem possa entrar em cena desencadeando os efeitos de Adaga Psíquica, por exemplo. Livro de Vishanti – o menos utilizado – concede Magia para o personagem, além de ampliar a Clarividência das ações de Magia do personagem em dois, fazendo-o uma escolha natural em todo e qualquer deck de Magia. Já o Manto de Levitação, que concede Voo e Escudo +1, tem a explicação mais simples de todas: Investigação Silenciosa. Quanto mais Voo for um poder presente no metagame, mais Manto de Levitação vai jogar.


É difícil definir o quanto Magia é presente no metagame, provavelmente por ser um poder muito recente ainda no jogo. Poucos personagens com este poder não ajudam em nada em popularizar Magia, mas temos alguns favoritos já: Dr. Estranho, Feiticeira Escarlate e Nico Minoru. As combinações mais comuns com Magia são com Telepatia e Telecinésia, e Voo aparece como um elemento comumente presente nesses decks, nem que seja apenas na forma de Investigação Silenciosa. Hoje iremos avaliar um arquétipo que eu chamo de Violeta – Magia com Telepatia e Telecinésia. O deck que iremos construir será uma derivação deste arquétipo, que falaremos mais tarde.


Primeira Conclusão: apesar de ser um poder tão completo que poderia facilmente constituir um deck com apenas esse poder, Magia atualmente carece de variação em termos de personagens. Sua presença no metagame não pode ser negligenciada, uma vez que os Itens Mágicos – Livro de Vishanti, Olho de Agamotto e Manto de Levitação – estão presentes em grande quantidade de decks.


2.Arquétipo de deck: Violeta.


Antes de tudo, quero dizer que este nome é como eu chamo o arquétipo que combina Magia, Telecinésia e Telepatia. Ponto. Como eu pretendo explicar este arquétipo, preciso chama-lo de algo. Violeta foi minha escolha pela cor os cards de habilidades destes poderes (Vinho para Magia, Rosa para Telecinésia e Roxo para Telepatia).


A primeira vez que eu comecei a criar um deck de Magia, em meados do lançamento de Invasão Cósmica, algo que me chamou a atenção era a quantidade de personagens com Magia que possuíam Telepatia e/ou Telecinésia. Sempre achei Magia um poder completo, mas com poucos personagens decentes com este poder eu achava difícil depender só desta habilidade. A primeira ideia de combinação foi com Voo, com Asa Vermelha e Falcão. O resultado foi mesmo muito bom. Lembro que o deck rodou bem por um tempo, mas ele não era muito bom em antecipações – basicamente, eram as ações próprias da Feiticeira Escarlate, do Dr. Estranho, da Nico Minoru e dos cards de habilidade (Influenciar o Futuro, Algemas de Krakkan e Voar Alto). Isso me incomodava na época.


Depois fiquei um tempão sem jogar. Voltei a morar em Porto Alegre (estava na época em Fortaleza) e logo achei o point de BS. Tentei jogar com outros decks, mas ficava pensando em formas de fazer rodar novamente o deck de Magia. Acho que a ideia do retorno com o deck veio após eu ver o Giordano – um jogador daqui – com um deck de Magia bem consistente. E logo em seguida veio o lançamento da coleção Iniciativa Vingadores. Quando eu vi a Vampira V2 e Adaga Psíquica eu sabia que dava pra fazer algo a respeito. Pegando como inspiração o deck de outro jogador – Axel – eu montei o Ultravioleta, um deck baseado nos três poderes da combinação Violeta e Voo.

O deck foi sofrendo vários ajustes até tomar forma. Eu lembro que na primeira ou segunda versão dele eu usava Mystério e Pesadelo. Eles saíram para abrir espaço para Pyro e Selene. Asa e Falcão já haviam sido tirados para a entrada da Vampira V2 e uma cópia do Guardião. Depois foi a vez de incluir duas cópias de Guardião e de Mulher-Aranha para aumentar a qualidade das antecipações do deck. Para acomodar esta mudança, eu retirei Nico Minoru e Dr. Estranho. Eu não gostava do Dr. Estranho porque ele dependia de muitos cards de Magia para aproveitar o seu texto, então decidi tirá-lo. Como a Nico Minoru estava no deck para facilitar a busca por estes cards de habilidade, eu a removi para criar mais espaço. Por fim, o deck perdeu quase que completamente o sentido de utilizar Magia. Eu removi os cards de Magia e renomeei o deck para Pacifista.


O Pacifista chegou até a quarta versão antes de sair Ofensiva Surpresa. E agora, depois da Battle Box Conspiração Illuminati, ele provavelmente receberá um upgrade para a versão 5.5 ou 6.0. Mas enfim: retornando ao ponto, era o fim do Ultravioleta.


Ou será que não? Com a chegada do final da Liga BS aqui em POA, eu estava pensando em opções para jogar o próximo Masters. E uma das ideias que tive foi reviver o Ultravioleta. Com Mago e Cassandra Nova, eu acho que esse deck poder ter em breve uma nova encarnação. E este é o deck que eu quero apresentar hoje: o Ultravioleta v2.


Mas antes, vamos dar uma olhadinha em alguns cards do metagame que podem nos ajudar nesta questão.


Segunda Conclusão: este arquétipo conta com cards ofensivos de Magia, Telecinésia e Telepatia, e com as antecipações dos personagens para estabelecer o controle do jogo. Voo é uma adição comum para geração de recursos na forma de Investigação Silenciosa.


3.Cassandra Nova e o Illuminati:


Cassandra Nova mudou o metagame de BS, fato inquestionável. Minimamente, ela fez com que os jogadores buscassem respostas para “salvar” seus personagens da possessão da Mummudrai. Uma forma divertida de fazer isso é evoluir seu personagem, seja com Capitão Universo ou qualquer outra EV apropriada, seja com Retirada Estratégica. Agora com Decisão Extrema, existe mais uma opção para contornar o efeito do texto da Cassandra sem precisar render o personagem.


Mas então, voltemos à discussão principal. A afiliação da Cassandra é Clube do Inferno, assim como do Kid Ômega. E assim como a Selene.


Hmmm, Selene...

Sim, Selene é a Miss Violeta: possui Magia, Telecinésia e Telepatia. Fora ela, temos apenas Encantor e Dr. Druida, mas convenhamos: Selene é muito superior. Ela tem uma antecipação que a regenera e permite até mesmo causar dano. E todos sabem que normalmente ela vai causar dano, ainda mais se ela antecipar carregando Adaga Psíquica. Temos uma vencedora.

Para aproveitarmos ainda mais a Selene, outro personagem que me vem em mente é o Rei das Sombras. Telepata, texto que o torna difícil de derrubar e o texto que representa a “possessão” que ele faz. Por ser da Irmandade, ele tem uma afiliação em comum com a Selene, o que torna possível mais de uma cópia do mesmo em cena. Perfeito.


Então, até o momento, temos três personagens definidos: Cassandra Nova, Selene e Rei das Sombras. Um personagem notável e com uma afiliação em comum com a Selene é o Pyro. Eu vou optar por não incluí-lo na lista. Quero que o foco do deck seja forçar o oponente a render seus personagens e controlar as compras do deck com ações de Clarividência.


Agora, vamos à parte Illuminati deste ponto da discussão. Já falamos da Decisão Extrema, acima, como uma das formas de libertar um personagem seu dos domínios de Cassandra e outros elementos do metagame que prendem personagens. Resta-nos debater os demais membros da Battle Box: Dr. Estranho V2 e Pantera Negra V2.


Quando fizemos a análise dos cards da Battle Box Conspiração Illuminati, eu atribuí uma nota 4/5 para o Dr. Estranho V2 e 3/5 para Pantera Negra V2. Fiz isso porque tinha em mente o valor dos cards por se. No contexto que eu analiso agora – ou seja, usá-los em um deck de controle com outros personagens de controle – o valor deles sobe. A segunda versão do Dr. Estranho possui Telecinésia e Magia, duas das habilidades desejadas. O texto do Dr. Estranho o torna muito mais impérvio a dano do que a primeira versão, que conta com cards de habilidades de Magia para aumentar sua defesa. A segunda versão de Pantera, por sua vez, não possui nenhuma das habilidades base da estratégia, mas sua configuração, texto e ação própria o tornam uma escolha boa para o deck para defender os demais membros Illuminati.


Para concluirmos, temos ainda Raio Negro e Amadeus Cho para pensarmos em incluir na lista. Com auxílio do Estranho e Pantera, Amadeus Cho é uma boa escolha. Devido à limitação de sua ação, creio que Raio Negro seja bom apenas uma cópia. Desta forma, teremos um personagem para finalizar qualquer personagem do oponente para um momento complexo do jogo.


Justificada a nossa base de personagens, os demais personagens para compor o deck são escolhidos de maneira a complementar a estratégia. Quanto às habilidades, temos muitas opções – muitas mesmo. Eu preparei a seleção menos variada possível para ter o foco voltado para Magia – nosso tema de hoje. No entanto, lembre-se que com algum esforço pode-se fazer escolhas mais voltadas para o metagame. Esse deck é apenas uma sugestão de linhas gerais para esta estratégia.


É possível também que, eventualmente, você se pergunte “tá, mas por que Magia?”. O resultado – Ultravioleta sem Magia – é o Pacifista. Você pode encontrar a encarnação mais recente dele nesse link: PACIFISTA


4.Decklist: Ultravioleta.


Ok, com a explicação dos personagens base feitas no ponto anterior, vamos aos demais membros desta estratégia:

  • Feiticeira Escarlate: e por que não? Já falamos bastante dela, e creio que nessa altura do campeonato ela já tenha conquistado sua simpatia, caro leitor. Além disso, ela possui Telecinésia e Magia;

  • Vampira V2: pode ter qualquer habilidade, além de possuir uma bela ação.

Alternativas: Esperança e Cable; Serpente da Lua, Mago e Mulher-Aranha. Minha dica é evitar retirar os personagens com Magia, que já são poucos. A melhor opção para aumentar o número de personagens com Magia é adicionar Nico Minoru. Aconselho fortemente você considerar apenas personagens que possuem antecipação própria, pois eles são mais confiáveis para estabelecer o controle. Se você sentir que faltam opções para finalizar seu oponente, considere adicionar Magia (a personagem): na semana passada vimos um deck com mais opções ofensivas que também utiliza o poder Magia, caso você tenha interesse.




Retirada Estratégica é mandatório no atual momento do metagame, como já dito anteriormente, e você deve se sentir livre para buscar formas de liberar espaço para adicionar a terceira cópia deste cenário. Invasão Secreta é um mal necessário quando se usa personagens como Vampira V2 e Cassandra Nova, e creio que Dr. Estranho vai entrar para essa lista de personagens populares. Decisão Extrema é para aproveitar duas sinergias: primeiro, poder retirar um personagem Illuminati e causar quatro pontos de dano e, em segundo, poder descarregar um personagem que esteja carregando Adaga Psíquica, liberando-as para o próximo, enquanto ainda causa dois pontos de dano. É uma bela quantidade de dano na preparação. Por fim, Entrega Especial é o cenário escolhido para aumentar a compra de cards, aproveitando a grande quantidade de personagens com pouca Energia Inicial.


5.Concluindo:


E concluímos os serviços por hoje. Como sempre, espero que tenham gostado. Críticas, comentários e sugestões para o e-mail (mennamtcg@gmail.com) ou deixe seus comentários abaixo. Semana que vem veremos outro poder recente no jogo: Poder Cósmico. Um abraço e até lá!


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