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EVOLUÇÃO PARALELA: COMBATENDO O METAGAME #9


Olá novamente, eu sou o Sergio Menna, e essa é a Evolução Paralela, uma coluna em que iremos discutir soluções para o metagame de Battle Scenes que tentam combater as estratégias populares usando cards não tão populares. A principal premissa desta coluna é evitar usar os cards que constituem o atual metagame – isso mesmo, sem Pyro, Vampira, Cassandra ou o simpático Formigão!



E hoje vamos falar sobre tudo que já falamos nessa coluna! Hoje veremos uma lista dos principais cards para combater e para serem combatidos no metagame atual, que foram comentados aqui, e aproveitaremos para fazer uma revisão geral da importância dos mesmos.


1. Os Personagens do metagame:

“Todos vêm o que você aparenta ser. Poucos sentem o que você realmente é.”

Niccolò Machiavelli, “O Príncipe”.


Começando então pelos personagens, nós temos:

  • Colecionador: bastante citado ao longo de diversas matérias de nossa coluna. O Colecionador é um personagem bastante poderoso: sua configuração 5/3 o torna difícil de derrubar, sua ação imprevista é muito forte e seu texto o torna a melhor forma de combater itens únicos no jogo. Por mais que a ação do personagem Visão V2 possa ser mais abrangente, a do Colecionador além de tudo o capacita! Em conjunto com Incursão Surpreendente, é possível causar seis pontos de dano na preparação, colocar um item mágico do oponente no fundo do deck dele e ainda deixa-lo no estágio dois de capacitação! Com certeza um personagem a ser considerado, pelo menos em estratégias com Poder Cósmico;

  • Aleksander Lukin: citado como o melhor personagem, em um deck de vilões, para carregar a Joia do Infinito – Tempo. Além disso, é excelente para continuar gerando recursos enquanto é protegido por algum vilão seu em cena. Para finalizar, possui Genialidade, o que é importante caso você precise de um personagem sem nada melhor para fazer do que usar turno após turno Competência, Pensar Rápido e/ou Roubo de Ideias;

  • Homem-Formiga e Jaqueta Amarela: as estrelas da nossa segunda matéria (http://www.mtcgnews.com/#!EVOLUÇÃO-PARALELA-COMBATENDO-O-METAGAME-2/jvq1n/5630fe700cf201d72f2224b2) e o principal motivo para eu ter iniciado esta coluna. Esses dois personagens são a cara da coleção Ofensiva Surpresa, e dois dos personagens mais presentes no atual metagame, pois basicamente eles foram os principais motivos para alguns decks antigos perderem a hegemonia que tinham. E como eles são sinônimos do metagame, eu não os uso nas estratégias que apresento – mas eles basicamente são uma forma de anular as cópias do seu oponente;

  • Gata Negra: um personagem que ajuda a controlar a mão do seu oponente e ajuda a tirar aquela dúvida: “será que meu oponente tem Jaqueta/Formiga na mão?”. Com certeza um card que auxilia, pelo menos em parte, a contornar o problema da dupla dinâmica de BSOS;

  • Visão V2: é a versão do Colecionador para os Vingadores. Brincadeira. Visão V2, além de Vingador, possui quatro habilidades boas, uma ação de dano boa e configuração decente (4/2). Seu texto permite descarregar qualquer card carregado por um personagem, mesmo no turno em que entrou em cena. Com certeza é uma adição interessante para qualquer deck, em especial para vingadores;

  • Guardião: outra opção para remover cards incômodos de personagens. O principal problema do Guardião, em relação aos personagens “removedores” de cards, é o fato de ele precisar a ação dele para efetuar essa remoção. Então, ele o mais cedo que ele pode tentar remover cards carregados por personagens é na antecipação ao combate do seu oponente. Além disso, sua ação permite apenas remover cards de habilidades, e ele precisa dar alvo no personagem que carrega o card. Em contrapartida, ele possui excelentes poderes, uma boa configuração e garante capacitações extras. Esse último fator o faz ideal para combater o uso de Máquina de Bloqueio Mental – ou para emprega-la;

  • Barracuda: perfeito para combater Aleksander Lukin e outros personagens como Tecnoespião I.M.A. Sério mesmo! É um personagem tão fraco que ainda não o vimos como forma de combater o metagame;

  • Capitão Universo: falamos brevemente sobre ele em nossa quarta coluna (http://www.mtcgnews.com/#!EVOLUÇÃO-PARALELA-COMBATENDO-O-METAGAME-4/jvq1n/5655c5980cf247940f6ee6e3), onde o foco era a participação dele num combo de turno infinito baseado em Despedaçar a Realidade. É um excelente Personagem-EV, e pouco mais do que isso pode ser dito sobre ele. Como partes do mesmo combo falou-se de Professor Xavier V1 e Mystério, mas nos restringimos a isso – citá-los por fazerem parte de um combo maior;

  • Blob e Sina: em nossa quinta coluna (http://www.mtcgnews.com/#!EVOLUÇÃO-PARALELA-COMBATENDO-O-METAGAME-5/jvq1n/5655e1d00cf247940f6f1f0a) falamos sobre estratégias similares ao The Wall, um arquétipo de deck que focava em antecipações destruidoras e alguma forma de defender bem seus personagens. Um dos descendentes naturais do The Wall é o deck de Irmandade de Mutantes, graças ao Asteroide M e a dupla Blob V2 e Sina. Naquela ocasião faltou discutirmos outras situações inusitadas com Selene, como Blob + Selene + Blob, que acaba travando demais o jogo para seu oponente, ou ainda Sina + Selene + Sina, que torna ainda mais difícil para seu oponente conseguir contornar o problema de dano com a entrada de personagens e na fase de preparação;

  • Camaleão, Abutre, Mystério e Kraven: ainda na quinta coluna falamos sobre a sinergia entre cards tribais. Essa foi a deixa para falarmos sobre os personagens do Sexteto e sua incrível sinergia. De um lado temos o Camaleão V2 que protege todos de personagens que recém entraram em cena, anulando ações impetuosas, e Kraven – O Caçador que pode acabar com a mesa do oponente apenas com Entrada Triunfal e uma Retirada Estratégica com Portal para o Microverso em cena. Do outro lado, temos a sinergia das ações impetuosas com um Abutre em cena, transformando a primeira ação de cada turno dos seus personagens uma forma de recrutar mais personagens. Para encerrar, temos Mystério para buscar qualquer cenário que ajude a contornar problemas em cena;

  • Senhor das Estrelas e os Guardiões da Galáxia: tema da nossa sexta coluna (http://www.mtcgnews.com/#!EVOLUÇÃO-PARALELA-COMBATENDO-O-METAGAME-6/jvq1n/565ca1060cf2c000e92851fb), falamos sobre a sinergia tribal entre o Senhor das Estrelas, a Nave dos Guardiões e habilidades como Investigação Silenciosa e Trabalho em Equipe. O foco desta coluna foi a Nave dos Guardiões, mas vimos também algumas interações entre os personagens dessa afiliação e a capacidade de recrutar os personagens quando Senhor das Estrelas ou a Nave entram em cena;

  • Cassandra Nova: outra estrela do metagame atual, Cassandra Nova (velha seria mais apropriado) é, digamos assim, a quarta forma distinta de travar um personagem do oponente em BS, sendo as três primeiras: Armadilha Reforçada, Rei das Sombras e Câmara de Neutralização. Comparativamente, ela é um upgrade do Rei das Sombras, impedindo que o personagem marcado realize qualquer tipo de ação. É com certeza um dos personagens que se manterá no metagame mesmo após a nova coleção;

  • Capitão América e os Vingadores: na nossa sétima coluna (http://www.mtcgnews.com/#!EVOLUÇÃO-PARALELA-COMBATENDO-O-METAGAME-7/jvq1n/566069b50cf212bd6be48a01) foi o momento de falar sobre os vingadores, com foco na Torre Stark e um pouco foi dito sobre Avante, Vingadores! Nossa discussão abrangeu a primeira versão do Capitão América, os personagens com Genialidade em sua maioria e os personagens sem Genialidade que aparecem com frequência, como a Feiticeira Escarlate e a Vampira V2. De longe a maior afiliação do jogo em termos de presença no metagame (em número perde apenas para X-Men);

  • Dr. Estranho V2 e Illuminati: e na nossa mais recente coluna (http://www.mtcgnews.com/#!EVOLUÇÃO-PARALELA-COMBATENDO-O-METAGAME-8/jvq1n/567203e60cf2fb0fe5b1827a), foi o momento de falarmos sobre a nova Battle Box: Conspiração Illuminati. Falamos principalmente dos três elementos novos trazidos (Dr. Estranho V2, Pantera Negra V2 e o cenário Decisão Extrema) e fiz uma estimativa de como poderia ser o novo metagame com a presença destes.

Resolução para o ano novo #1: Dos personagens que eu não citei nas colunas anteriores e eu espero poder citar no futuro próximo estão: Mago, Líder, Mystério, Rei das Sombras e Heimdall.



2. Os Suportes do metagame:

“É melhor ser temido do que ser amado, quando não se consegue ambos.”

Niccolò Machiavelli, “O Príncipe”.


Com relação aos suportes comentados, uma coisa que me chamou muita atenção são os suportes que estão no metagame desde que eles foram lançados. É o caso de Portal para o Microverso, que é bastante usado – segundo a Database, ele está presente em 853 decks – e a Máquina de Bloqueio Mental, para citar os suportes de Evolução Tática. Temos ainda Chamariz Holográfico, Armadilha Reforçada e Toupeira Mecânica (aliás, ela também é de Evolução Tática).


Portanto, vamos ao debate por partes:

  • Portal para o Microverso: estreando nossa coluna, esse famigerado suporte foi citado pela primeira vez junto com Adaga Psíquica e Pyro. Por zerar o Escudo de todos os personagens, assim como transformar todos os bônus de Escudo em +0, ele efetivamente transforma todo o dano em dano penetrante, embora tecnicamente não seja a mesma coisa. O terror de decks de controle, o astro dos decks de ímpeto e The Wall, e um dos poucos suportes que eu já ouvi que precisam ser banidos, Portal do Microverso figura como o exemplo perfeito de suporte para ilustrar o metagame de BS desde Evolução Tática;

  • Toupeira Mecânica: com certeza um dos melhores suportes de BS na minha humilde opinião, pelo menos no quesito resolver problemas. Esse suporte estabeleceu a linha de base de como combater cards nos recursos do oponente. Alguns outros cards fazem o mesmo efeito (Toupeira e Explosões no Laboratório), mas não de forma tão eficiente;

  • Campo Magnético: ainda falando sobre Adaga Psíquica e Pyro, esse suporte novo é uma das formas de amenizar o estrago provocado por esse combo. Infelizmente, tem como pré-requisito controlar ao menos um personagem com Genialidade. A notícia boa é que no atual momento do jogo isso não é tão difícil, já que Jaqueta Amarela, Homem-Formiga e Cassandra Nova andam soltos por ai;

  • Amplificador Mental: um card deselegante em minha opinião. Em Magic, existe um termo para este tipo de card: hoser, que em Magic significa um card que atrapalha demais o uso de uma cor (por exemplo, o card Calafrio é um hoser da cor vermelha, ou red hoser). A analogia para BS é que Amplificador Mental é um hoser para Telepatia e Telecinésia. Embora muitos considerem que este tipo de card “é justo” para proteger-se de efeitos do tipo “tudo ou nada” – como Despedaçar a Realidade, onde você o para ou você perde – eu acho que o problema é diferente: cards com esse tipo de efeito é um erro também. Mas essa é minha opinião apenas, e Magneto V2 esta aí como hoser de Lâminas e ninguém parece ligar (#chateado);

  • Câmara Neutralizadora e efeitos do tipo “cadeia”: com Câmara Neutralizadora, uma boa quantidade de decks passou a usar pelo menos uma forma de “prender” personagens do oponente: no caso de suportes, estamos falando principalmente de Câmara Neutralizadora e Armadilha Reforçada. Embora tecnicamente não prenda ninguém, Chamariz Holográfico e Esconderijo Secreto também são exemplos de suportes que interferem com a seleção de alvos dos seus oponentes, então os menciono aqui também para evitar a abertura de outro ponto;

  • Máquina de Bloqueio Mental: aqui está um exemplo de design que eu admiro bastante. Máquina de Bloqueio Mental possui um efeito devastador e simétrico, mas que não ganha o jogo imediatamente. Gosto desse tipo de card porque ele força o jogador a construir o deck dele de maneira que o efeito do card seja minimizado. Além disso, esses efeitos simétricos punem demais o controlador quando ele não antecipa uma ação corretamente. Enfim, além de ser funcionalmente tático no ponto de vista estratégico ele ajuda muito a aprender sobre o jogo;

  • Asteroide M e outros suportes tribais: a discussão sobre tribos e seus suportes começaram na quinta edição dessa coluna. O caso de Asteroide M é ímpar, no entanto, uma vez que não existe nada parecido com o efeito que este suporte produz. A defesa que ele confere à Irmandade de Mutantes é tal que ele é o sucessor natural do The Wall original, em minha opinião. Sina e Blob V2 servem como complementos para essa defesa, com a possibilidade de trancarem o jogo para seu oponente ao colocar a segunda cópia de Blob V2 em cena, graças à Selene – que é da Irmandade e do Clube do Inferno. Falando nisso, sabe quem mais é do Clube do Inferno? Cassandra Nova... Com relação aos demais suportes tribais, falamos da Torre Stark, um pouco da Mansão dos Vingadores e da Nave dos Guardiões, cujo foco é mais ofensivo e de suporte.


Alguns suportes eu comentei tão superficialmente que eu não considerei na lista acima. Como existem algumas afiliações que pretendo discutir ainda, há uma quantidade considerável de suportes sobre os quais falaremos ainda.

Resolução para o ano novo #2: para 2016, pretendo falar ainda sobre TAA II, Zeus, Laboratório I.M.A., Fantasticarro, e os suportes dos X-Men (Pássaro Negro, Mansão Xavier e Sala de Perigo).


3. Até Mais!

“se um ferimento deve ser causado a um homem, que ele seja tão severo que a retaliação não precise ser temida.”

Niccolò Machiavelli, “O Príncipe”.


Este artigo se tornou tão extenso que eu achei melhor dividir em duas etapas. Desta forma, continuaremos na semana que vem com novas resoluções, com a lista das habilidades e cenários que estiveram presentes na coluna no ano de 2015. Ah, e mais algumas citações de Maquiavel (versão tupiniquim de Niccolò Machiavelli). Por favor, críticas, sugestões e opiniões por e-mail (mennamtcg@gmail.com.br) ou nos comentários abaixo. Até semana que vem e que até lá você já tenha começado com suas resoluções de fim de ano!

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