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DISCUSSÃO TEÓRICA: DESUNIR, REANIMAR, ILLUMINATI


Olá, sou Yuri Bittencourt e trago a vocês a coluna “Discussão Teórica”. Com a premissa de debater, opinar e ouvir outros jogadores sobre alguns pontos de Battle Scenes. O tema abordado nessa publicação é: o que nos motiva ou desmotiva a jogar, permanecer ou até mesmo desistir desse card game que amamos. Sendo assim, não faço aqui menção ás cartas citadas no título. Foi apenas um trocadilho.



O grande chamariz de Battle Scenes são os personagens da Marvel, assim como já foi dito em Discussão Teórica - Remake de Personagens. É muito divertido poder utilizar em um jogo seus personagens favoritos e conquistar, com tais personagens, vitórias sob seus oponentes. Esse foi o motivo inicial para que eu começasse a jogar BS, fora o fato de meu irmão ter me dado dois decks de presente sem saber muito bem sobre o que se tratava.


Ao aprender a jogar e competir contra outros jogadores, se fez notável a complexidade do jogo e o quão estratégica e complexa uma mesa pode estar no late game. Ações imprevistas, antecipações, suportes, passivas, combos. Um verdadeiro jogo de xadrez em forma de cartas.


Com o crescimento e desenvolvimento do jogo, dois novos poderes foram adicionados ao game para aumentar a possibilidade de personagens e diversidade entre os decks. Foram eles: Magia e Poder Cósmico.


Poder Cósmico foi o que me fez realmente entrar no competitivo, afim de conquistar vitórias utilizando esse poder. Devido aos personagens e o funcionamento dessa habilidade.


O jogo se popularizou e jogadores de outros card games, curiosos, adquiriram cartas e adentraram no cenário competitivo do jogo. Assim como fãs de HQs que nunca haviam jogado um card game, começaram a consumir esse conteúdo. Com esse crescimento e um maior número de jogadores, foram criados diversos combos e estilos de deck. Esses que ao longo das edições se fortificaram ou ficaram de lado frente a novos combos mais práticos e efetivos.


Diante de tais combos e com a sede de vitória, alguns cards se tornaram comuns em muitos baralhos. Sendo tanto ofensivos quanto defensivos utilizando das mesmas estratégias em grande maioria.


Algumas dessas cartas seriam: Investigação Silenciosa, Adagas Psíquicas, Portal para o Microverso, Pyro, Cassandra Nova e se tem Pyro e Adagas, grande possibilidade de haver Selene. Fora as cartas de cenários e suportes que também compõe o meta.

Muitos jogadores defendem que BS é um jogo com grande variedade e não discordo disso, porém essa grande variedade não é apresentada no meta.


Essa igualdade demasiada nos decks que se apresenta no cenário competitivo, particularmente é o que me desmotiva. Fazendo-me questionar se é por desespero de alcançar a vitória ou preguiça por parte dos jogadores de pensarem em algum combo novo ou montar deck que utilize alguma habilidade pouco usada no meta e que teria uma grande força assim como os que já são utilizados, dentre outras coisas. Não serei hipócrita dizendo que não utilizo as cartas que citei. Pois uso Pyro, Investigação e Vampira em meu deck principal.


Investigação é uma carta presente em muitos baralhos devido ao que a carta faz e por grande parte dos personagens possuírem vôo. Em Discussao Teorica - Genialidade foi apresentada possibilidades de utilização de Genialidade para compra de cartas e controle de recursos, tanto do oponente quanto do próprio jogador. Assim como elasticidade tem um grande por de compra também, podendo assim substituir Investigação Silenciosa. Dentre outros poderes que são capazes de gerar recursos e comprar cartas.


Outro fato que desmotiva é a desvalorização de algumas cartas com o passar do tempo. Nas duas primeiras coleções de Battle Scenes tivemos cartas Ultra Raras como Dr. Destino V1 e Ciclope V2, que foi investido um valor x pelos jogadores para possuir essas cartas. Hoje, são cartas com um baixo custo conforme a Bolsa de Valores e comparado ao valor que tinham em seu lançamento. Tendo Destino o valor de R$ 20,00 e Ciclope R$ 15,00. Sendo assim, o valor investido nessas cartas não lhe permite nem arrecadar de volta o valor investido, quem dera lucrar com isso.


Como reanimar diante dessas situações?


Impossível convencer alguém a utilizar outras cartas se não as que lhe darão garantia de que a vitória é “quase” garantida (baita frase heim? rs). Mas me contenta apenas que reflitam sobre. Afinal essa é a premissa dessa coluna, debater, discutir e refletir. Sendo assim, nesse desanimo pessoal que vivencio ante esse jogo, comecei a testar e montar decks que ainda não tinha utilizado (como decks de elasticidade, regeneração, telepatia/telecinesia e futuramente agilidade) e percebi que nas últimas semanas ou até mesmo meses, alguns cards que não se faziam presentes no cenário competitivo começaram a aparecer.


Com a numerosa utilização de Homem Formiga e Jaqueta Amarela, Gata Negra provou seu valor nessa coleção. Aparecendo em alguns decks e sendo utilizada em decks de controle de mão.


A utilização de decks de controle se fortaleceu e com isso presenciei a utilização de Sussurros da Mente por parte de nosso colega e amigo Thiago Gajko.


Uma carta que os jogadores não utilizavam nas Ligas do RS. Carta essa que permitindo poder ver a mão do oponente e fazer ideia do que está por vir, podendo ainda escolher uma das cartas e pôr na base do deck do jogador escolhido.


Outra carta que começou a fazer presença em alguns decks foram os suportes Gerador de Raios Gama, devido à crescente utilização de personagens com genialidade; Amplificador Mental, podendo se proteger das Adagas Psíquicas e de cartas muito ofensivas como Erosão Psiônica, e TAA II sendo capaz de anular o efeito de Invasão Secreta. Assim como impedindo o oponente de remover dos recursos, qualquer cenário. Uma boa opção para usar contra decks de Irmandade por exemplo. Um deck que entra em jogo apenas no late game e necessita de grande quantidade de recursos.


Também presenciei a utilização de cartas como Super Computador, usado por 0 na antecipação. Podendo “ajustar” a mão, os recursos e comprar uma Carta. Erosão Psiônica mostra grande força frente a personagens com escudos altos. Como uma Cassandra Nova utilizando Genética Superior e Armadura de Combate I.M.A. Colecionador também está em muitos decks devido a Joia do Infinito. Personagem que inicialmente era usado apenas em decks de poder cósmico e com o passar das coleções foi sendo mais assíduo no meta. Hoje praticamente uma carta obrigatória.


Ver essas cartas não tão utilizadas me faz pensar que os jogadores estão procurando diversificar mesmo que pouco, seus decks e estratégias.


Outro fator que pode trazer motivação é utilização e apostas em personagens e habilidades que você ainda não utilizou ou não costuma utilizar. Sair da zona de conforto. Um exemplo disso foi a aposta que fiz em Poder Cósmico. Quando essa habilidade foi anunciada, fiquei fascinado por sua mecânica e desde o lançamento de Invasão Cósmica utilizo essa habilidade em meu deck principal. Perdi muitas partidas por não conseguir administrar bem os recursos até aprimorar minhas estratégias. Mesmo assim permaneci confiante nessa habilidade e hoje tenho certeza que é uma das melhores do jogo junto a Voo e Magia.


Com o lançamento de Ofensiva Surpresa, alguns jogadores apostaram

no tribal de Quarteto Fantástico. Sendo assim apostei mais além, dizendo que Inumanos e Iluminati seriam afiliações que viriam a se fortalecerem com o decorrer do jogo devido aos filmes anunciados pela Marvel. Dessa forma, troquei um Tocha Humana por um Raio Negro. Alguns até riram e questionaram a troca.


Essa semana a Copag anunciou sua nova Battle Box: Conspiração Illuminati! Ontem (20/11/15) divulgou a imagem e o conteúdo da caixa. Noticia essa que anima muito, porém desanima pensar que a partir do lançamento os decks do meta estarão recheados de Illuminatis.

A Box contém 7 pacotes de boosters (1 de cada coleção já lançada em Battle Scenes), 3 cards holográficos exclusivos e inéditos e 2 dados.


Com isso, a questão do investimento nas cartas em parte se resolve. Em parte porque nesse caso apenas, Raio Negro, Pantera Negra V1 e Dr. Estranho V1 tem grande possibilidade de um aumento em seus valores por conta dessa força que os Illumiatis terão. Fico feliz também em saber que parte do que acreditei que ocorreria, se concretizou. Falta agora o fortalecimento dos Inumanos. Não farei analise dessas cartas, pois isso não integra a ideologia dessa coluna. Deixarei essa parte para meus colegas colunistas.


Grande chance também de cartas de UM ou ET terem seus valores aumentados por não haverem mais a distribuição de Box boosters de ambas as coleções. Porem creio que isso não seja uma realidade agora, talvez futuramente.


Assim com a notícia desta Battle Box, o acontecimento do Battle Royal e novas mecânicas de jogo, vieram para motivar aqueles que como eu, estavam desacreditados nesse jogo, espero que o restante da nova coleção não decepcione.


O cenário competitivo varia de região para região. Sendo assim, ouvi relatos de algumas cidades onde o jogo apenas cresce e aqui já presenciei alguns jogadores que começaram a investir em outros cards games, com o dinheiro arrecado com a venda de cartas de BS.


Com a animação de uns e desanimado de outros, digo apenas: não vamos desistir ou deixar Battle Scenes agora. Mesmo com os erros e tropeços por parte da Copag, pois é fato que já ocorreram. Tanto se fez por esse jogo! Jogadores pediram, xingaram, brigaram e investiram nesse grande card game. E reconheço que muitos vestiram a camisa e incentivaram muito o crescimento desse jogo que me parece deixar de engatinhar e andar sozinho!


Você jogador, algo já te desmotivou ou te desanima em Battle Scenes? E o que te motiva a jogar esse card game?


Abraço a todos e até a próxima!

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