ESTRATÉGIA EM ESTUDO: HIDRA E DEADPOOL V.3
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Sejam bem-vindos a coluna Estratégia em Estudo! Sou eu novamente, Sergio Menna, e trago para vocês o deck vencedor do último desafio: Hidra com Deadpool v.3, por Eduardo Sydenstricker Costa.
O deck é explicado logo abaixo, pelo próprio Eduardo:
INÍCIO
Percebi que o deck voltado ao Deadpool precisa ser rápido, pois os Bobs precisam estar nos prêmios do oponente para o Deadpool ficar forte. Pensando nisso 13 dos 19 personagens possuem genialidade sendo que o Caveira e o Strucker podem tutorar mais o deck por conta de seus textos. Eu tenho investigar ruinas para principalmente buscar a joia e impedir investigação (segurar compras), o Lukin segurando a joia e com outro vilão em campo atrapalham muito o oponente tendo em vista que a maioria dos decks conta com Investigação para gerar recursos e abrir o jogo.
Por ter vários personagens com genialidade e muitos de custo baixo é bem provável que eu comece a abrir a mesa antes. Caso meu oponente fique na contagem regressiva esperando mais recursos posso usar Roubo de Ideias ou até Entrando de Cabeça (de preferência no Bob) para controlar a mão dele e atrapalhá-lo.
(Link: http://mtcgdatabase.com.br/?task=Deck&action=deckPage&deck=6252)
DANO
O dano dos personagens se baseia em cartas que descarregam cartas, usei isso de base para combos. Posso usar um Lança-Míssil ou Dança de Lâminas com um personagem, descarregar a própria carta, carregar ela com o consertador em outro personagem e usar ela de novo, e se tiver Multiplicação de DNA usar ela pela terceira vez (considerando que tenha ligado a Multiplicação no início da antecipação). Caso prefira controle, posso usar Lança-Míssil para descartar o Suborno e ligar ele a outro personagem com a antecipação do Consertador, zerando um alvo e gerando compra. Como os personagens perdem vida com o uso das ações (Lança-Míssil, Rompante, Dança de Lâminas, Shurikens), cartas de regeneração se tornam importantes no deck.
Ainda, com Garras Imoladoras e Shurikens qualquer personagem do deck pode entrar em campo batendo 3, sendo que esse dano não pode ser segurado pela Joia por não ser uma ação.
CONTROLE/PROTEÇÃO
Suborno é uma das principais cartas tendo em vista que ela pode zerar um oponente não Herói na preparação (ao entrar no personagem posto em campo ou com Reestruturação Muscular) ou na antecipação (com Multiplicação de DNA ou com a ação do Consertador). Roubo de Ideias e Entrando de Cabeça controlam a mão do oponente. A Cassandra controla um personagem do oponente, ao mesmo tempo em que gera proteção. Fogo Cruzado protege mais da metade do deck. Esconderijo Secreto protege geralmente o Deadpool, e as ações de regeneração são versáteis por proteger (dar vida) e combar com os efeitos dos cards (como Suborno para incapacitar ou alguma ação para bater).
O Militante serve pra ser buscado pelo Caveira e capacitar outros personagens. O Resgate Enroscado serve para reciclar o deck, e Planos de Infiltração serve para buscar o Strucker (abertura do jogo) ou o Deadpool (dano principal do deck), além de poder ligar uma carta de lâminas a um personagem pela sua ação (podendo ligar uma Shurikens em qualquer um criando mais uma antecipação ou a Dança de Lâminas pelo dano).
Apesar de só ter dois itens únicos, o cenário Investigar Ruínas está compensando muito sua presença no deck, pois como já dito ele trava a Investigação e dano na preparação do oponente com Joia e Lukin ou acrescenta dano a outro personagem com o Cubo.
Obrigado Eduardo! Vou continuar daqui.
1. Sobre a proposta do desafio
A principal proposta deste primeiro desafio era mostrar como planejar um deck, ponderando os elementos importantes para o funcionamento dele. A outra proposta do desafio era mostrar opções para gerar recursos além da Investigação Silenciosa, tão citada no artigo anterior.
Investigação Silenciosa é um card muito poderoso, mas não é a única solução para o problema de gerar recursos. Além disso, eu gosto de pensar em alternativas para resolução de problemas. Primeiro, porque isso é um exercício de criatividade e, em segundo, porque a tendência de um jogo, conforme ele se expande, é a de criar respostas para as jogadas mais comuns e poderosas. Desta forma, quanto mais Investigação Silenciosa jogar, mais formas de contorna-la deverão eventualmente aparecer. Já temos como combater ações usadas no turno em que entram em jogo (Embaralhador Eletrônico, Joia do Infinito – Tempo e Jaqueta Amarela) e ações imprevistas (Homem-Formiga). Da mesma forma que o jogo avança do ponto de vista de criação de novas mecânicas e desenvolvimento das mecânicas já existentes, ele também avança no sentido de criar respostas às coisas já existentes – o que é excelente para a manutenção do jogo em si.
2. Formas alternativas de gerar recursos
A forma simp
les de gerar recursos é com Contagem Regressiva. Essa é a forma natural do jogo: você apenas aguarda que os cards caiam em seus recursos turno após turno, e então entra em cena da melhor maneira possível. Além disso, a cada turno você pode descartar um card gratuitamente e ainda tem o ajuste de mão, que permite ao jogador descartar cards da mão que passarem do limite normal (normalmente sete). Claro, aguardar pela contagem deixa o jogador vulnerável à entrada do oponente; numa partida com decks semelhantes (como dois decks de Irmandade de Mutantes, por exemplo), quem entrar primeiro em cena vai ditar o jogo no começo, uma vez que não é possível haver personagens e suportes em cena com alter egos e/ou nomes idênticos (fora a exceção criada por Invasão Secreta e Universo Paralelo, é claro, ou por outros efeitos como o texto das Sentinelas e do Madrox). Outro motivo para não contar com a Contagem é quando você estiver enfrentando um deck com muitas respostas (como por exemplo, o Pacifista) ou com defesas melhores (novamente, um exemplo é um deck de Irmandade com Asteroide M). Para resolver estes problemas, uma solução satisfatória são os cenários!
Uma boa parte dos cenários em Battle Scenes faz você comprar um card quando entram em cena, ou quando saem (no caso de Calmaria, ambas às vezes J). Por isso, um bom plano para gerar recursos é usar a maior quantidade possível de cenários desse tipo. Pense que, para cada cenário que te dá uma compra, é como se você tivesse um card há menos no deck. Essas compras “empatadas” (nem positiva, nem negativa) é uma forma de diminuir efetivamente o número de cards do seu deck. Além disso, quando você substituir um cenário por outro no turno seguinte (ou quando seu oponente fizer isso), você ganhou um recurso. Outro motivo bom para usar cenários é o fato de remover o cenário dos oponentes ao colocar o seu em cena. Em um deck que use poucos cenários, é fácil se ver à mercê de uma Imposição Estratégica ou No Lugar Errado (Nota: além do efeito destes dois cenários, ambos permitem comprar um card ao entrar em cena!).
Temos ainda suportes que geram recursos, como Minério Clandestino e Conversor Molecular. Ainda: suportes que precisam ser abatidos, como Chamariz Holográfico, ajuda você a proteger recursos valiosos. Imagine que seu oponente colocou uma Toupeira Mecânica. No seu turno, você descarta um Cubo Cósmico ou outra habilidade que você não quer que vá para a base do deck. O que você faz? Carrega ele num suporte que o oponente precisa destruir! Fácil né?
Primeira Conclusão: é bom estudar o jogo em busca de alternativas para os problemas de sempre. Em particular no caso de gerar recursos, a Contagem Regressiva é a forma mais fácil de contornar esse problema. No entanto, evite ciladas: prepare seu deck para gerar recursos quando aguardar contagem não for uma solução aceitável.
3. Sempre existem habilidades
É claro, existem também as habilidades para gerar recursos. Deixei-as por último porque elas quase sempre dependem de personagens em cena para funcionarem como catalisadores de recursos.
Existe a novíssima Aceleração Atômica, que por zero de capacitação, coloca os três cards dos topos de deck nos recursos de seus donos. Ah, e funciona na antecipação. Sempre existem as compras de cards também, como expliquei na coluna anterior no tópico vantagem de cards. Como disse anteriormente também, o jogo ainda não possui uma estrutura forte para dar suporte a uma estratégia de controle de mão – como descarte de cards e atraso de compras – mas já caminha nesse sentido; Entrando de Cabeça, Arrancar das Mãos, Roubo de Ideias, Invocar o Relâmpago e a Gata Negra (Cuidad...ah, essa já ficou velha L) são algumas possibilidades, assim como controlar as compras do oponente no caso de Influenciar o Futuro.
Segunda Conclusão: cenários, suportes, personagens e habilidades – existem diversas formas de se gerar recursos no jogo que ainda podem ser exploradas. Basta testar as possibilidades!
4. Hidra com Deadpool v3
Voltando agora para o deck do Eduardo: o deck apresenta um bom combo com Aleksander Lukin e os vilões do deck – todos os outros personagens do deck. Além de gerar um recurso por turno, ele possui Genialidade, que o permite carregar Planos de Infiltração para recrutar o Barão Strucker (opa, ele também tem Genialidade J) e o astro do deck – Deadpool! Não bastando isso, o Aleksander não recebe dano de ações enquanto você controlar um Vilão em cena, o que o torna o portador oficial da Joia do Infinito – Tempo.
O Barão, por sua vez, gera recursos com o texto dele, permitindo você reordenar o topo do seu deck para comprar os cards que você precisa, e na hora que você precisa. Além disso, por zero de incapacitação, você pode comprar um card na sua preparação e ainda usar alguma outra ação de lâminas, ataque à distância ou regeneração. Não é o bastante? Pois bem, o deck roda Garras Imoladoras e o Barão é um alvo perfeito para ser incapacitado e causar os 3 pontos de dano na preparação, uma vez que ele pode ficar “zerado” de capacitação que ainda assim vai gerar vantagem de cards. Excelente!
Ainda sobre as Garras Imoladoras: os Shurikens, além de ajudarem na antecipação causando 1 ponto de dano penetrante por zero, concedem a habilidade de lâminas para os personagens que as carrega, permitindo que eles também ativem esse cenário.
Para poder encerrar, vou só comentar sobre as outras opções de gerar vantagem de cards (o Eduardo explica à exaustão, e muito bem, o funcionamento do deck na primeira parte desse artigo). Pensar Rápido, Roubo de Ideias, e até mesmo Planos de Infiltração e Suborno: todas essas habilidades ajudam o deck a capitalizar cards extras, deixando o oponente no atraso. Com 13 dos 19 personagens do deck possuindo Genialidade (mais de 68% do total de personagens), não é difícil ter uma mesa comprando bastante cards por turno.
5. Menções Honrosas
Recebi alguns decks muito interessantes, que não se baseavam em Voo para jogar, mas por vacilo meu na hora de elaborar o desafio (eu especifiquei que não podiam personagens com a habilidade de Voo) eu tive que deixar esses decks de fora. Peço desculpas ao pessoal que enviou suas listas e que acabaram não aparecendo aqui. Se vocês tiverem de acordo, usarei suas listas em futuros artigos. Apenas me respondam por e-mail caso vocês desejam ter suas listas divulgadas.
Aproveitando este parêntese: vocês podem enviar para mim críticas, sugestões e comentários também por e-mail, ok?
6. Concluindo
E nossa coluna vai acabando hoje por aqui. Espero que vocês tenham gostado da proposta do desafio. Apenas para deixar claro: existem formas de modificar positivamente o deck apresentado? Sim, claro, mas essa não é a proposta dessa coluna. Aqui apenas avaliamos e aprendemos certo? Então, fiquem à vontade para usar a ideia do Eduardo e aprimorá-la. Acredito que quando muitas pessoas começam a trabalhar em torno de algo, a tendência é que respostas cada vez melhores surjam, então mantenham isso em mente até o nosso próximo encontro, onde iremos discutir ações imprevistas.
Prontos para o próximo desafio? Então aí vai: enviem uma lista de deck para o meu e-mail (mennamtcg@gmail.com), com o título “Desafio Estratégia em Estudo #2”, com um deck que possua MUITAS ações na preparação. Não se foquem apenas nas habilidades – vale tudo, desde textos fixos de personagem, de suportes, cenários e habilidades. A proposta que possuir mais possibilidades será a vencedora!
Até lá, não perca!